UM PAI, SEUS DOIS FILHOS E A PRÁTICA DO AMOR
UM PAI, SEUS DOIS FILHOS E A PRÁTICA DO AMOR
Era uma vez dois irmãos, que chegaram para seu pai que estava indeciso diante de dois caminhos a seguir e disseram-lhe:
- Papai, segue por esse aqui, pois, por esse caminho o senhor encontrará facilidade de caminhar e menos riscos de tropeçar, já que o caminho é plano e sem acidentes…
- Mas, e o outro caminho filhos? Pergunta o pai meio teimosamente.
- O outro caminho pai é a mesma distância, alias, talvez seja até um pouco mais longe seu percurso, responde um dos filhos – além disso, pai, ele é pedregoso e esburacado, nele o senhor corre um grande risco de se acidentar.
O pai medita naquilo que ouvi, mas, teimosamente insiste em ir por aquele segundo e mais complicado caminho.
Os filhos observam de longe a teimosia do pai, insistem em fazê-lo desistir, mas, parece não ter significado algum a insistência em fazê-lo mudar de ideia. Por conta disso, o provável realmente aconteceu. Logo no inicio do trajeto, o pai que já não tinha sua visão tão boa, e pernas tão firmes devido a idade, tropeça em uma pedra, cai e machuca gravemente um de seus joelhos e mãos.
Agora, o velho estava caído…chorando e sem poder se levantar.
Os filhos, por sua vez ao verem o pai caído começam uma rápida discussão, pois o filho mais velho raivosamente indagou:
- Meu irmão, quer saber de uma coisa, eu vou deixar o pai lá. Quem mandou ele teimar? Se ele quiser, ele agora que se levante e prossiga sua viagem, ele tem é que pagar bem caro pela sua teimosia, pode ser que assim ele aprenda. – Por isso, eu não vou ajudar em nada, eu avisei, e avisei várias vezes, ele agora que se dane.
- Mas, mano! Ele é nosso pai – Retruca o irmão – Você não se lembra o que ele fez durante toda sua vida por nós? Não se lembra quantas vezes ele te ajudou nos momentos mais difíceis? Não se lembra o quanto ele já se doou por nossa família? Quantas vezes ele foi dormir tarde cuidado de mim e de você quando estávamos doentes? Não se lembra o quanto ele sofreu para que hoje estivéssemos aqui?
- Mas ele é muito teimoso, mano, eu não vou ajudar não, já disse – ele tem é que pagar pra aprender! Responde-o duramente.
- Pois eu vou mano, não é porque ele não me ouviu ou tropeçou que ele deixou de ser meu pai não! Eu vou socorrê-lo e ainda vou levar e ficar com ele no hospital quantos dias for necessário, pois ele é meu pai. Essa é a hora deu retribuir um pouco o que ele fez durante toda vida por mim. Replica o irmão mais novo tomando de imediato essa atitude.
Nesse momento ele sai correndo e vai socorrer o pai, que gemia no chão e chorava sem ter forças suficientes para se levantar sozinho.
- Muito obrigado meu filho, se tu não chegas logo, não sei quanto tempo eu suportaria aqui – me perdoa meu filho por não ter realmente dado ouvido a vocês e por ter cometido a falha de vir por esse caminho. Diz o pai arrependido.
- Nada pai, sou seu filho, isso basta! Quantas vezes eu mesmo cai e o senhor me ajudou a levantar? Quantas vezes eu errei e o senhor me ensinou a acertar sem nunca me condenar.
- Alias pai, foi o senhor quem me ensinou a andar com meus próprios pés, pois nos meus primeiros passos era o senhor que me segurava e pacientemente esperava o tempo certo para cada passo – como agora eu deixaria o senhor em tal situação?! Jamais! Diz o filho, que logo em seguida, levou seu pai ao hospital e cuidou dele todos os dias até sua recuperação.
Na sua visão, qual dos dois filhos praticou o verdadeiro amor?
O mais velho ou o mais moço?
Simples a resposta, não!?
Pense nisto! É apenas uma parábola que Deus colocou no meu coração para escrevê-la nessa manhã. Rs
Mário Eugênio
Fortaleza, 23 de setembro de 2014
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